quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Registo Fotográfico - Visita aos Jardins Botãnicos - a editar




Visita a Jardins Botânicos de Lisboa


No passado mês de Agosto de 2009 organizou-se uma viagem a Lisboa para visitar Jardins Botânicos e parques da cidade, viveiros, e lojas de equipamentos para parques e jardins.
Esta viagem realizou-se entre os dias 16 e 19 de Agosto, tendo sido a Associação representada pelo membro da comissão instaladora Sr. Jaime Rita e funcionários, Sílvia Bulhões e Carlos Botelho.
Do programa da visita destacam-se as visitas ao Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural, Jardim Botânico Tropical, Viveiro Viplant em Oeiras, e Consorcil (loja de equipamentos para parques).
O Jardim Botânico da Universidade de Lisboa é um jardim científico, projectado em meados do século XIX. Começou a ser plantado em 1873, por iniciativa dos professores Conde de Ficalho e Andrade Corvo, acabou por ser inaugurado em 1878.
A enorme diversidade de plantas recolhidas pelos seus primeiros jardineiros, o alemão E. Goeze e o francês J. Daveau, provenientes dos quatro cantos do mundo em que havia territórios sob soberania portuguesa, patenteava a importância da potência colonial que Portugal então representava, mas que na Europa não passava de uma nação pequena e marginal.

As colecções sistemáticas servem vários ramos da investigação botânica, demonstram junto do público e das escolas a grande diversidade de formas vegetais e múltiplos processos ecológicos, ao mesmo tempo que representam um meio importante e efectivo na conservação de plantas ameaçadas de extinção.
Algumas colecções merecem menção especial. A notável diversidade de palmeiras, vindas de todos os continentes, confere inesperado cunho tropical a diversas localidades do jardim. As cicadáceas são um dos ex-libris do jardim. Autênticos fósseis vivos, representam floras antigas que na maioria se extinguiram.
Hoje, são todas de grande raridade, havendo certas espécies que só em jardins botânicos se conservam. O jardim é particularmente rico em espécies tropicais originárias da Nova Zelândia, Austrália, China, Japão e América do Sul, o que atesta a amenidade do clima de Lisboa e as peculiaridades dos microclimas criados neste Jardim.

É sua missão contribuir para o conhecimento científico de plantas e fungos, da sua biodiversidade, filogenia, ecologia e conservação, propondo métodos de gestão e conservação de espécies, habitats e do ambiente. O Jardim Botânico é um local único para a divulgação e formação científicas sobre plantas e fungos – base da vida na terra - e para a educação para a sustentabilidade, proporcionando o aumento da literacia científica da sociedade.

Nesta visita foi adquirido um livro onde é feito o registo fotográfico de todas as espécies existentes no jardim, “Jardim Botânico Flores”.

Neste jardim é ainda possível visitar o Lagartagis, a primeira estufa aberta ao público destinada à criação de borboletas comuns da fauna europeia.
O lagartagis é um jardim mediterrânico onde podem ser observadas borboletas nas diversas fases do seu ciclo de vida: ovos, lagartas, crisálidas e adultos a voar livremente.

Este espaço é utilizado para actividades pedagógicas, onde os participantes podem ficar a conhecer as espécies existentes, bem como as fases de desenvolvimento das mesmas. A entrada neste sector é paga, bem como a entrada no próprio Jardim Botânico, sendo ainda possível adquirir panfletos, livros informativos, material didáctico e borboletas expostas em caixilhos para venda ao público.
Há ainda um site na internet, onde todos os interessados poderão encontrar toda a informação sobre as Borboletas. http://static.publico.clix.pt/borboletasnaweb/

Toda a gestão das actividades pedagógicas realizadas no jardim é feita pelo serviço de extensão pedagógica do Jardim Botânico – Núcleo de Educação Ambiental. Este serviço estabelece parcerias com diferentes entidades no sentido de levar a cabo diversos projectos, como é o caso do projecto “Educação Ambiental no Jardim Botânico” financiado pelo Programa Europeu e que prevê a permanência de um voluntário por um período de seis meses.

No dia 18 de Agosto visitamos o Jardim Botânico Tropical, localizado no largo dos Jerónimos, Belém.
O Jardim Botânico Tropical (JBT) está situado na zona monumental de Lisboa, em Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos. Ocupa uma área de cerca de 7 hectares, integrando um Jardim Botânico com cerca de 5 ha, que inclui uma estufa com aquecimento, e outros abrigos de vários tipos.
O Jardim Museu Agrícola Tropical (JMAT) foi criado em 25 de Janeiro de 1906 por Decreto Régio, no contexto da organização dos serviços agrícolas coloniais e do Ensino Agronómico Colonial no Instituto de Agronomia e de Veterinária, tendo-se denominado então Jardim Colonial.
Este Jardim, com uma forte vocação didáctica, é considerado “base indispensável ao ensino” por ser “indispensável o exemplar vivo para que a demonstração seja rigorosamente scientifica e educativa, para que o alumno não fique imaginando somente como são os animais e os vegetais, mas tenha a noção viva da realidade”.
Em 1983, o Jardim Museu Agrícola Tropical (JMAT), uma das unidades funcionais do IICT, vê as suas competências estabelecidas, referindo-se, de entre elas: “desenvolver e assegurar a manutenção de colecções de plantas vivas das zonas tropicais e subtropicais, ao ar livre ou em ambiente confinado, com classificação e catalogação actualizadas, que constituem material de estudo e ensino”.
Actualmente os objectivos do Jardim Botânico Tropical, designação recentemente atribuída, perspectivam-se em três vertentes: a de "montra" das actividades do IICT, a de "palco" de exposições e outros eventos capazes de atrair o público e de aumentar a sua visibilidade e a de “pólo científico".
Como membro de associações internacionais como o Botanic Gardens Conservation International, a Associação Ibero-Macaronésica de Jardins Botânicos e o European Botanic Gardens Consortium, o Jardim Botânico Tropical promove a implementação da International Agenda for Botanic Gardens in Conservation (Jackson & Sutherland 2000) com a aplicação dos princípios da Convenção sobre Diversidade Biológica e o respeito pelas directivas emanadas pela Global Strategy for Plant Conservation. Para a dinamização e realização de actividades de índole científica, técnica, educacional, cultural e de apoio à comunidade, compatíveis com os objectivos do Jardim Botânico Tropical, foi criada, em 17 de Junho de 2005, a Liga dos Amigos do Jardim Botânico Tropical, associação sem fins lucrativos que se propõe, ainda, angariar fundos complementares e contribuir para a definição das linhas orientadoras do Jardim Botânico Tropical.

De entre o acervo deste Jardim, podem salientar-se os seguintes exemplares:- Ficus macrophylla Pers. e F. sycomorus L., pelo porte notável que exibem;
- Araucaria heterophylla (Salisb.) Franco, Dracaena draco (L.) L., várias espécies de Encephalartos, lauráceas de origem macaronésica como Apollonias barbujana (Cav.) Bornm., (Steud.) Franco, Ocotea foetens (Aiton) Benth. e Persea indica (L.) Spreng. e palmeiras (C.Moore et F.Muell.) Becc., Jubaea chilensis (Molina) Baill. e Washingtonia filifera (Linden) H.L. Wendl., espécies ameaçadas de extinção;
- Ginkgo biloba L. e Eucommia ulmoides Oliv., espécies que se supõe actualmente extintas nos seus habitats naturais;
- Cycas revoluta Thunb., espécie dióica, conhecida desde o Triássico, que apresenta as flores femininas mais primitivas;
- Elevado número de espécies de interesse económico das famílias Agavaceae, Araceae, Myrtaceae, Moraceae e Palmae utilizadas na alimentação, como fornecedoras de madeiras ou fibras, usadas para sombreamento de culturas ou arruamentos e ornamentais, entre outras.
Foi possível observar ao longo do Jardim diversos bustos, painéis expositores e estruturas características dos países referidos, uma exposição de insectos, e a existência de uma estufa que funciona como viveiro e enfermaria para plantas em estado débil.
O museu do Jardim Botânico Tropical estava fechado para férias, não tendo sido possível visitar.
Neste jardim, a Associação A Mata, adquiriu um livro onde estão descritas todas as espécies existentes no Jardim Botânico Tropical.
A visita a estes jardins contribuiu para um maior conhecimento tanto a nível botânico como a nível da gestão dos mesmos, sendo uma mais-valia para os funcionários da Mata Dr. Fraga.

PROJECTO GIRASSOL

Durante o mês de Agosto, a Associação A Mata acolheu o projecto desenvolvido pelo Núcleo Local de Inserção (NLI) da Ribeira Grande que promoveu a segunda edição do projecto “GIRASSOL” na zona oriental do concelho da Ribeira Grande. Trata-se de um projecto que visa a prevenção primária e secundária do desajustamento psicossocial destinado a crianças e jovens pertencentes a famílias beneficiárias do Rendimento Social de Inserção (RSI). Este projecto divide-se em três sub-projectos: o “Gira – Grandes, Inteligentes, Responsáveis e Assertivos” dirigido a adolescentes (de 4 a 6 de Agosto); o “SOL - Sementes de Optimismo e de Laços” para pré-adolescentes (de 11 a 12 de Agosto) e o “Atlântida Escondida” para crianças (de 17 a 19 de Agosto). As actividades prevêem a realização de dinâmicas de grupo onde serão trabalhadas questões como a assertividade, o manejo da raiva e impulsividade, a coesão grupal, processos de socialização, dependências entre outras e decorrerão na Mata do Dr. Fraga. A realização deste projecto em toda a zona oriental acontece graças à iniciativa do NLI da Ribeira Grande e ao envolvimento de parcerias que muito gentilmente cederam alguns dos seus recursos, nomeadamente, Instituto de Acção Social, a Associação “A Mata”, a Casa do Povo da Maia, a Junta de Freguesia da Maia e a Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande.













quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Erradicação e Controlo de espécies de Flora Invasora na Reserva Natural da Lagoa do Fogo

O Governo Regional dos Açores está a desenvolver um trabalho de grande importância no que diz respeito à erradicação de espécies invasoras em zonas ambientalmente sensíveis. Para este fim, foi desenvolvido um Plano de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora em Áreas Sensíveis, o PRECEFIAS. Este plano define como devem ser removidas as espécies invasoras sem que se ponha em causa a flora natural.
Em S. Miguel, a Direcção Regional do Ambiente em colaboração com a Associação A Mata, está a actuar numa superfície com cerca de 10 hectares na Reserva Natural da Lagoa do Fogo.
Da lista de espécies a erradicar fazem parte: Gunnera tinctoria (Gunera), Clethra arborea (Cletra), Leycesteria formosa (Madressilva dos Himalaias), Ulex europaeus (Pica ratos), Hedychium gardenerianum (Conteira), Pittosporum undulatum (Incenso), Cryptomeria japonica (Criptoméria), Tritonia x crocosmiflora (Palmites), Rubus ulmifolius (Silvado Bravo), Solanum mauritianum (Tabaqueira), Acacia melanoxylon (Acácia), Polygonum capitatum (Erva confeiteira), Pteridium aquilinum (Feto das pastagens) sendo a área correspondente a 10 hectares.


Este tem sido um trabalho meticuloso e bastante exigente para quem o desempenha no sentido em que é fundamental conhecer todas as espécies a erradicar bem como conseguir preservar a biodiversidade existente nesta reserva natural.


Tendo em conta a área em questão e a densidade vegetativa existente, torna-se bastante dificil trabalhar quer por falta de estabilidade física dos trabalhadores quer pelo dificil acesso a determinados locais.


Este trabalho tem sido acompanhado quer por técnicos da Direcção Regional do Ambiente em colaboração com a técnica da Associação A Mata.